É impressionante como tudo o que leio me atinge. Me assusta. O que te parece psicar vermelho no porto de confidências e desinteresses ácidos? Pra mim, muito.Assim desarrumado, vasto, íntimo, tudo fora do mundo,
no espaço, dentro de mim. Acredite, faz sentido aqui. Eles decifram e
juntam as pontas do baralho, fazendo um ponto só pra eles, e eu nunca
consigo entrar no jogo. Curto e direto. Poético.
Quando
junto tudo isso, e descubro o que realmente quero falar, já virei
plágio do que penso e a censura do que eu sinto. Caindo sempre no mesmo
lugar, justificando, para convencer a mim mesma que manter isso aqui tem
sentido, e tentando convencê-los a não me julgarem pelo que escondo,
nem pelo que revelo. A não me julgarem pelo que sou. A não me julgarem.
Pois já nasci em processo, e já escolhi meu juiz. O Juiz. O problema é
que eu mesma sou a promotora e crio provas contra “eu” (não está errado, sou eu mesma. O mim não
alcança meus delírios.), deixando que a defesa fique apenas por minhas
lágrimas, que, com simples ameaça de caírem, revelam meus sonhos,
desejos e dores. Lembram que sou humana, e tentam justificar o meu jeito
de me existir. E mais uma vez.
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