Não
sei bem o que acontece comigo. Dentro. Acho que me coloco na pele da
Baby, na do Billy Eliot, da menina de "Ela dança eu danço", ou apenas em
uma das minhas. Tantas peles de um sonho. Sonho. Sou como a menina
invisível. Em mim, a maior bailarina de todos os tempos. A
invisibilidade é o figurino, o ritmo é o fogo que queima todo o corpo e o
espaço...não existe. Não existem gravidade, pista ou pessoas. Não
existe nada além dos dois: o ritmo e a menina. E quando surgem os
aplausos e o filme acaba, ou quando a mãe chama na porta, trancada, do
quarto, tudo volta a existir e restam apenas dois: a menina e o sonho.
Tornarei-me visível...algum dia.
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