sábado, outubro 13

Chora


Os olhos estão avermelhados. É curioso que tudo em volta esteja com pintinhas, como se tivesse nascido em sardas. Sarda, arda, arde, ardida. Eureka! Ela nasceu ardida, assim como os olhos estão agora! Ardida demais pra diplomacia. Demais pra fala mansa. Demais. E isso não é um elogio. Olha aqui um equívoco! Demais não, demasiada. Demasiada não confunde elogio.

Chora menina. Chora que isso passa. Um dia passa. Espero que passe. Mas de qualquer maneira, alivia. Pelo menos deveria aliviar esta angústia. Angústia não, porque angústia é bonito de se escrever. Incompreensão, talvez? Acho que não. Dor? Perdição? Esse não, pode confundir com paixão e não é o caso.

Vai ficar feio se eu disser Eureka! de novo? Alarme falso, não encontrei nada que pudesse descrever essa...

Mas só de saber que dói, já é um avanço! Pelo menos dá pra chorar. Então chora.

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